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Cleber França


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Sou um Grupo de Jovens...
Juventude Unida Seguindo Cristo, e temos por nosso lema;
"Viemos ao mundo para servir e não para ser servido"...

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Nossa musica...

Um dia, você me conheceu
Provou do meu amor
Tudo de mais belo te mostrei
Por um simples provação
Você me abandonou
Agora triste eu estou
Volta pra mim...
Jesus Cristo

E nao esquecam da comunidade do orkut tambem...

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Coração Imaculado de Maria Triunfará.

Que DEUS abençõe a todos que nos visitarem...

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Aprofundando nossa conversa com Deus

Entrevista histórica com Henri Nouwen e Richard Foster.

Em 21 de setembro de 1996, Henri Nouwen faleceu de um ataque cardíaco em Hilversum, Holanda. Nouwen foi um padre católico e psicólogo, melhor conhecido entre os pastores protestantes pelo livro “O ferido que cura”. Um dos temas de Nouwen era viver nosso quebrantamento debaixo da bênção de Deus. Em uma entrevista, Nouwen disse: “Muitas pessoas não acreditam que são amadas, protegidas e então, quando sofrem, encaram isto como uma afirmação do seu pouco valor. A questão do ministério e da vida espiritual é aprender a viver nosso quebrantamento debaixo da bênção de Deus e não de maldição”.
Em 1982, a revista Leadership publicou uma entrevista com Nouwen e Richard Foster sobre o que os líderes das igrejas precisavam fazer para conhecer a Deus. Fundador do movimento Renovare, Foster escreveu, entre outros livros, Oração e Celebração da disciplina. Após saber da morte de Nouwen, relemos a entrevista e ficamos tocados com sua sabedoria atemporal e atual acerca da vida espiritual. Oferecemos esta matéria novamente em memória do ferido que cura.

Onde você se encontra atualmente em sua jornada espiritual?
Henri Nouwen: Estou em um dos períodos mais difíceis da minha vida. Muitas vezes senti minha direção espiritual ser certeira, clara. Atualmente, no entanto, tudo é incerto. Quando vim da Holanda para os EUA, me tornei um padre, um psicólogo e membro da Clínica Menninger. Fui professor da Universidade Notre Dame, ensinei na Holanda e voltei para dar aulas na Universidade de Yale. As pessoas começaram a corresponder mais e mais sobre o que eu dizia e isso provocou em mim uma sensação: “Sim, eu obviamente tenho algo para falar”. Deveria ficar feliz. Mas nos últimos meses estou cara a cara com meu próprio abismo espiritual. Nada deste sucesso me tornou mais santo ou aperfeiçoado.
No semestre passado viajei pelo mundo e falei para multidões. Tudo isto criou uma noção de que eu estava no lugar certo, que havia chegado ao objetivo. Mas ao mesmo tempo meu mundo interno estava precisamente no lugar oposto. Mais e mais eu sentia que se Deus tivesse algo a dizer, ele não precisaria de mim. Encontrei-me experimentando os dois extremos: alta afirmação pessoal e uma grande escuridão.
Richard Foster: No passado, quando conheci a Deus, tudo era muito intenso. Uma vez passei três dias em jejum e oração. Após fazer isto, senti a necessidade de ligar para um homem com quem eu contava para orientação espiritual. Ele morava bem longe de mim, mas eu liguei e perguntei se ele podia vir orar por mim. Ele veio e eu estava pronto para me colocar diante dele e deixar que ministrasse ao meu coração. Ao invés disso, ele sentou na minha frente e começou a confessar seus pecados. Eu pensei: Eu é que deveria estar fazendo isto agora! Quando ele terminou e eu orei por perdão para ele, e ele disse: “Bem, depois disso você ainda quer que eu ore por você?”. De repente compreendi seu discernimento. Ele sabia que eu o considerava um gigante espiritual que iria me endireitar. Só depois de se expor e confessar seus pecados, é que colocou suas mãos e orou por mim.

O que fez com que você acreditasse tão intensamente que precisava encontrar a Deus?
Foster: Desespero. Não tanto por mim no começo, mas pelas pessoas que eu enxergava que precisavam de ajuda. Depois comecei a sentir o quanto eu também precisava de Deus. Apesar do anseio profundo de passar tempo em solitude, muitos de nós nos sentimos encurralados pela demanda do ministério.
Nouwen: Sou como muitos pastores: comprometo-me com projetos e planos e depois penso sobre como conseguirei fazer tudo. Esta é a verdade do pastor, do professor, do administrador. É inerente à nossa cultura que nos diz: “Faça o máximo que você puder ou você nunca conseguirá se destacar”. Neste sentido, os pastores fazem parte do mundo. Descobri que não é possível lutar contra os demônios do nosso ativismo de forma direta. Não posso dizer sempre 'não', a não ser que existam coisas dez vezes mais atrativas para escolher. Dizer não para minha luxúria, minhas necessidades e os poderes do mundo, requer uma enorme quantidade de energia.
A única esperança que temos é encontrar algo tão obviamente real e atrativo ao qual eu possa dedicar todas as minhas energias e dizer sim. Desta forma não tenho tempo para dar atenção às minhas distrações. Uma das coisas para as quais eu posso dizer 'sim' é quando entro em contato com o fato de que sou amado. Uma vez que percebo que mesmo estando totalmente quebrantado, ainda assim sou amado, torno-me livre da compulsão de fazer coisas para obter sucesso.
Foster: Após terminar meu doutorado, fui a uma pequena igreja na Califórnia. Uma igreja “marginal”, que seria considerada um fracasso para os índices de pontuação de resultados eclesiásticos. Trabalhei, planejei e organizei determinado a mudar o rumo daquela igreja. Mas as coisas pioraram. A raiva parecia permear em todas as pessoas: os conservadores estavam irritados com os liberais, os liberais bravos com os radicais e os radicais irritados com todos os outros. Eu odiava ir às conferências de pastores porque eu não tinha nenhuma história de sucesso. Eu trabalhava com toda a força, mas não era bom o suficiente. Então passei três dias com o meu orientador espiritual. Ao final daquele tempo ele disse: “Dick, você precisa decidir se vai ser um pastor desta igreja ou um pastor de Cristo”. Aquele foi o ponto crucial. Até lá eu havia permitido que as expectativas das pessoas manipulassem a mim e minhas próprias expectativas.

Vocês dois falam sobre receber orientação espiritual de outros. Como vocês descrevem um orientador espiritual?
Foster: Direção espiritual é uma idéia cristã. Significa ter alguém que possa ler a minha alma e me dar direção na caminhada com Cristo. Muitas igrejas chamam isto de discipulado.
Nouwen: A igreja em si é uma orientadora espiritual. Tenta conectar sua história com a história de Deus. Ser uma parte real da comunidade eclesiástica significa estar sob direção e orientação; somos dirigidos a fazer conexões. A Bíblia é um orientador espiritual. As pessoas precisam ler as Escrituras como uma palavra para si e perguntar onde Deus quer falar com eles. Por fim, cristãos são orientadores espirituais. O uso de uma pessoa na orientação espiritual tem diversas formas e estilos, assim como as pessoas. Um orientador espiritual é um cristão, homem ou mulher, que pratica as disciplinas da igreja e da Bíblia, para quem você está disposto a prestar contas de sua vida. Esta orientação pode acontecer uma vez por semana, uma vez por mês, uma vez por ano. Pode acontecer por dez minutos ou dez horas. Em momentos de solidão e crise, esta pessoa ora por você.

Como um pastor encontra uma pessoa assim?
Foster: Esta busca por si só é uma grande aventura na oração. Peço a Deus que traga a mim alguém e aguardo pela salvação de Deus que virá. Minha primeira orientadora foi uma senhora que trabalhava durante muitas noites em um grande hospital. Seis vezes por semana até as oito da manhã, ao final do turno da noite, nos encontrávamos para orar, compartilhar e aprender, a partir de nossas experiências com Deus. Começamos a aprender o que significa caminhar com Cristo e a experiência foi ótima para nós dois. Mas muitos pastores não sentem que há alguém com quem possam conversar.
Nouwen: Se você está seriamente interessado em sua vida espiritual, encontrar um orientador espiritual não é um problema. Muitos estão à volta esperando o convite. No entanto, muitas vezes não queremos realmente nos livrar de nossa solidão. Algo em nós quer fazer tudo sozinho. Constantemente vejo isto em minha própria vida. Um orientador espiritual não é um ótimo guru, totalmente estruturado, é apenas alguém que divide as mesmas lutas e pecados e, portanto, revela a presença Daquele que é perdoador.
Foster: No pastorado no Oregon, percebi que precisava de pessoas que me ajudassem. De muitas formas eu disse: “Queridos, amo vocês e preciso de ajuda. Adoraria que vocês viessem à minha sala não apenas quando tivessem problemas ou quando estivessem tristes. Gostaria que viessem orar por mim a qualquer momento”. As pessoas começaram a vir e, por dez minutos, oravam por mim. Chegavam dizendo “pastor, vim orar por você”. Eu ajoelhava perante estas pessoas como sinal de submissão e deixava que orassem por mim.
Nouwen: Richard, gosto da idéia de pedir que as pessoas orem por você, mas para algumas congregações isto pode ser muito formal ou explícito. A primeira coisa para mim é comunicar às pessoas que eu adoraria conhecê-las. Em outras palavras, eu diria: “Venha e me diga como estão as coisas. Entre. Interrompa-me”. Sempre estou correndo com algum compromisso e preciso que as pessoas me digam “Pare! Você não percebeu que eu estou tentando lhe dizer algo”.

Mas como você lida com as interrupções?
Nouwen: O que quero dizer é ter uma atitude espiritual de quem quer ser surpreendido por Deus. Entupimos nossos pensamentos com tantos compromissos que não temos tempo para ouvir a Deus. Deus não fala comigo apenas no começo ou no fim de um projeto, mas fala comigo o tempo todo, podendo dar nova direção no meio da questão. O ministro de certa forma é alguém desnecessário, desnecessário no sentido de que pode ser usado a qualquer momento por qualquer pessoa para qualquer coisa. Ontem eu falava com um padre da Filadélfia que me disse: “estou tão preocupado com o verão. Sou um padre branco em uma vizinhança negra. O que farei?”
Eu respondi: “Ande pelas ruas. Deixe claro que você esta lá, disponível. Não precisa falar com todos o tempo todo, apenas esteja lá. Diga às pessoas que você não quer nada. Aja como se você fosse desnecessário, aguarde para estar com eles e amá-los”.

De que forma o amor é melhor comunicado?
Nouwen: Lembro-me de um estudante cujo pai nunca expressava afeto. O menino decidiu tornar-se um ministro e veio para a escola de teologia. Eu fui um de seus professores. Apesar dos outros me considerarem um bom professor, ele me disse: “Nunca gostei de nada do que você disse”. Sempre que vinha às aulas, ouvia um pouco e ia embora. Eu tentava ser interessante, mas ele não podia ouvir nenhum homem adulto falar nada, pois se lembrava de seu pai.
Certa tarde ele estava doente e eu estava andando de bicicleta, quando percebi que estava próximo ao local onde ele residia. Decidi visitá-lo. Disse: “Pensei em você hoje. Está se sentindo melhor?” Ele respondeu: “Você veio me ver? Pensou em mim?” Estendi a mão para ele e disse: “eu o amo, realmente, por isso estou aqui”. Eu disse aquilo, pois realmente era o que sentia. Algum tempo depois ele me disse que, quando eu saí, ele chorou por horas, já que nunca tinha ouvido um adulto lhe dizer: “eu o amo”. Ele disse: “aquilo me ensinou tudo o que eu queria aprender”.
Foster: Um dia senti que deveria ligar para uma ovelha; ele é capelão de uma universidade. Eu disse; “John, não liguei para você para pedir nada. Só queria dizer um 'oi'”... Do outro lado, ouvi um suspiro de alívio. Ele disse: “Estou tão feliz por você ter ligado”. Então ele começou a dividir suas íntimas necessidades. Uma das maiores expressões de amor é notar que as pessoas existem e dar atenção a elas.
Nouwen: Se você realmente quer conhecer a Deus, conheça seu povo. Vá ao barbeiro e fale sobre Deus. Diga ao carpinteiro sobre suas experiências. Dedique tempo para ler sobre a vida dos pais da igreja. Eles sempre o surpreenderão, pois sempre dirão que as preocupações que vocês têm, não são aquelas que você deveria ter. Entre em contato com aquelas mulheres e homens que fizeram coisas loucas, como apaixonar-se por Deus.

O que deve acontecer em um retiro espiritual?
Nouwen: Uma palavra: oração.
Foster: Penso que o mundo protestante precisa repensar toda a questão dos retiros. Lembro de pregar um sermão sobre a necessidade de “locais para reflexão”, baseado na experiência de Pedro; então eu completei a reflexão dizendo: “Se algum de vocês quer ir a algum retiro espiritual, eu encontrarei um lugar para vocês”.
Um indivíduo aceitou a minha oferta e liguei para todos os centros de retiros que eu encontrei na Califórnia. Todos me disseram a mesma coisa: o local acomodava 500 pessoas, mas não acomodava uma pessoa só. Até onde eu consegui descobrir, apenas os centros de retiro católicos aceitavam uma pessoa só. Por que não podemos construir lugares como estes para nossas igrejas?
Nouwen: É uma excelente idéia. Eu conheço casas paroquiais no Canadá que fizeram de seu terceiro andar, um local reservado para retiros.
Foster: Nem sempre você precisa ir para longe. Você pode ter retiros enquanto mexe no seu quarto, oração e reflexão. Conheço uma família que tem uma cadeira designada como “a cadeira do silêncio”. Quando alguém senta na cadeira, ele ou ela precisa ficar sozinho.
Nouwen: A disciplina do silêncio tem sido muito importante em meus ensinamentos. No último semestre, ofereci um curso de direção espiritual. Um pré-requisito era que estudantes precisavam passar uma hora em silêncio com um trecho pré-selecionado da Bíblia, durante nossa tarde juntos. Após àquela hora de silêncio, os convidei a dividirem-se em pequenos grupos para compartilhar a experiência. Muitos perceberam pela primeira vez que existe algo diferente de discussão. Eles diziam: “estou impressionado que Deus tinha algo para dizer para mim e isso me assustou quando aconteceu”.

Mas algumas vezes nos sentimos inseguros com tudo o que precisamos fazer. Como um pastor desaprende a correr para fazer o que é urgente?
Foster: Fui ensinado no seminário que se eu pregasse sobre o Antigo Testamento, deveria estudar o texto em hebraico. Se eu pregasse sobre o Novo Testamento, eu deveria estudar o texto em grego. Fui ensinado que eu deveria passar tempo durante a semana ensaiando meu sermão. Disseram-me que o aconselhamento pastoral é crucial para meu ministério.
Somei o tempo que levo para fazer todas estas coisas e o resultado foi estrondoso. Uma vez que entrei no ministério, percebi rapidamente que estas coisas podem até construir igrejas, mas não necessariamente ajudam as pessoas. Tive que voltar ao princípio e perguntar: “O que devo fazer?”
A resposta foi: “Ame a Deus e caminhe com Ele”. Uma vez que o pastor está firmado e centrado nisto, os sentimentos de culpa se vão.
Nouwen: Pode ser que os pastores sejam inseguros, mas isto pode ser apenas uma ferramenta tanto quanto a responsabilidade. Pessoas inseguras precisam de contato social. Muitas pessoas com este tipo de personalidade escolhem o ministério, pois é uma forma de lidar com suas próprias necessidades. Não penso que isto seja ruim.
Um dos caminhos mais belos para a formação espiritual é quando sua insegurança o dirige para perto de Deus. A sensibilidade normal pode se tornar uma ferramenta, o torna ciente da sua necessidade de estar com pessoas e permite que você se disponha mais às necessidades deles. De uma forma, você permite que suas fraquezas psicológicas se tornem frágeis para Deus, e você utilize a insegurança das relações humanas para desenvolver uma relação firme com Deus.
Foster: Os discípulos são ótimos exemplos disto.
Nouwen: Sua insegurança pode ser neurótica, mas pode levá-lo a uma vida espiritual profunda. Ao invés de dizer ao clero: “vocês são inseguros e por isso se tornaram pastores”, deveríamos dizer, “A insegurança é sua vocação, é um convite para que você viva uma vida espiritual”.

Como os pastores podem aceitar sua insegurança desta maneira?
Nouwen: Você precisa de uma pessoa com quem você se sinta livre para ser inseguro. Deixe-me exemplificar. Você está em um quarto enorme com uma corda estirada e pendurada de ponta a ponta. A corda está a apenas 30 cm do carpete. A maioria de nós age como se estivéssemos vendados, tentando andar na corda, com medo de cair. Mas não percebemos que a corda está a apenas 30 cm do chão. O orientador espiritual é alguém que vai empurrá-lo da corda e dizer: “Está vendo? Não tem problema. Deus ainda o ama”. Pegue toda a ansiedade que tem a respeito de ser bem-sucedido ou não, ter dinheiro suficiente ou não, deixe de se equilibrar na corda e simplesmente desça.
Foster: Este é um grande benefício de ler sobre os 'santos', os pais da igreja. Eles eram vulneráveis para fracassar, pelos padrões humanos.

Falamos muito sobre oração. Como vocês enxergam a oração?
Nouwen: A oração é primeiramente ouvir a Deus. É a abertura. Deus está sempre falando, está sempre fazendo algo. Oração é adentrar nesta atividade. Pense nesta sala. Imagine que você nunca esteve fora dela. Oração é como sair da sala, descobrir o que há lá fora. Oração, em sua forma mais básica, é ter uma atitude e dizer: “Deus, o que você quer me dizer?
Foster: O problema de descrever a oração como falar com Deus é que isto implica que ainda estamos no controle. Mas em ouvir a Deus, nos entregamos. Pessoas estão cansadas de ouvir sobre os “Dez passos que mudarão a sua vida”.
A vida espiritual não é algo que somamos a uma vida já demasiadamente ocupada. Estamos falando sobre impregnar, infiltrar e controlar o que já fazemos com uma atitude de serviço a Deus. Para os pastores, isto pode significar oração silenciosa em suas reuniões. Uma das maiores revelações para mim foi experimentar a comunhão com Deus nas reuniões. Aprendi que nem sempre preciso falar e controlar e que posso orar pelas pessoas na sala que estão sofrendo e enfrentando dificuldades. Também acho que é muito importante o que pensamos todas as noites antes de dormir e pela manhã quando acordamos. Tantos de nós permitem que o noticiário da noite determine o que está em nossos pensamentos antes de dormir.

O que está envolvido em centralizar seus pensamentos em Deus?
Foster: Meus filhos e eu construímos uma tabela de basquete na calçada. Saio sozinho às dez horas da noite e faço arremessos. É um tempo de oração. Eu jogo basquete, convido a Deus para que me ajude a lembrar sobre o meu dia. Existem confissões que precisam ser feitas? Fui gentil com a secretária? Preciso acertar algo com alguém? Pela manhã, começo a orar quando começo a acordar. Não estou totalmente consciente, mas não estou totalmente adormecido. É neste período que já entrego meu dia para Deus.
Nouwen: Pessoas que vivem vidas espirituais tornam-se sensíveis para o que se passa ao seu redor. Percebem o que ocorre em suas casas, tudo é mais simples. Seu espaço físico torna-se mais espaçoso quando sua vida é vivida espiritualmente. A idéia de ir a um retiro para orar é crucial, mas precisamos orar diariamente. Não é apenas importante separar tempo para orar, mas também um local para orar. Tenho um local especial onde passo um tempo orando. A única razão pela qual estou lá é para orar. Após o término deste período, posso dizer: “Senhor, esta é a minha oração, mesmo que minha mente ainda tenha tanta confusão”.

E sobre o conteúdo da oração?
Nouwen: Para muitos cristãos, oração é ter pensamentos espirituais. Isso não é oração. Oração é achegar-se à presença de Deus com tudo o que você é. Você pode dizer: “Senhor, eu odeio esta pessoa. Não consigo suportá-la”. A vida de oração de muitas pessoas é seletiva. Geralmente só colocam diante de Deus o que querem que Ele saiba e o que pensam que Ele suporta ouvir. Deus é Deus, Ele agüenta ouvir tudo.
Foster: Há pouco tempo atrás, uma mulher me disse: “Não consigo orar por mais de dois minutos. O que posso fazer?” Quando alguém me diz isto, eu respondo: “Sobre o que você tem pensado e se preocupado nestes dias? Ore por isto”.
Nouwen: Transforme seus pensamentos em oração. Como nos envolvemos com o pensar incessante, então somos chamados à oração incessante. A diferença não é que a oração é pensar sobre outras coisas, mas que a oração é o pensar em diálogo. É um movimento de um monólogo centrado em mim mesmo, para uma conversa com Deus.

Copyright © 2008 por Christianity Today International

(tradução de Karen Bomilcar)
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