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Cleber França


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Mensagens e Pensamentos

O Silêncio na Solidão

" Senhor , escuta o grito de meu apelo, tem piedade e responde-me! A ti fala meu coração, meus olhos te procuram; eu busco tua face, Senhor . Não me ocultes tua face nem rechaces com ira teu servo, tu que és meu amparo! Não me rejeites, não me abandones, Deus de minha salvação! Se meu pai e minha mãe me abandonarem, o Senhor me acolherá. Mostra-me, Senhor , o caminho e conduze-me pela vereda segura..." (Sl 27, 7-11a)

Existem momentos em que não sabemos o que dizer. É momento de silenciar, refletir, Orar.

O mundo em que vivemos, notadamente é tribulado e cheio de incertezas que nos envolvem e mutilam constantemente.

Pois é neste exato contexto que ocorrem as maiores atrocidades e desrespeitos à dignidade humana, as violências urbanas e rurais, as diferenças entre as pessoas fora e dentro de casa. O desamor.

Mesmo num mundo de tantas oportunidades, de tantas "ofertas" incrivelmente tentadoras, estamos vivendo cada vez mais a assim chamada "síndrome da solidão", que vai ancorar no caos da depressão, da fraqueza, da incerteza. Na total incredulidade. Sim, na descrença em Deus e no ser humano.

Seria esta "síndrome" sinais dos tempos? Ou seria um desafio ao refortalecimento de nossa fé, como o Ap. Paulo cita:

(2Co 12, 9-10) "Basta minha graça porque é na fraqueza que a força chega à perfeição". Portanto prefiro gloriar-me das minhas fraquezas para que habite em mim a força de Cristo. Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Pois quando me sinto fraco, então é que sou forte." Os momentos difíceis da vida são verdadeiros desafios para a nossa fé. A solidão, esta sim é parceira do mal...

A confiança incondicional em Deus é a única âncora segura, mesmo nos momentos mais solitários (e não "solidão"). Deus está certamente oferecendo muitos caminhos. Caminhos que não permitem a solidão tomar conta, que nos conduzem, mesmo que às vezes solitariamente, à vida em comunhão. "São os ninhos das nossas vidas", são "vozes que clamam do deserto", são amizades incondicionais. Nós infelizmente não enxergamos, ou não as entendemos porque estamos "carregados" de negativismo e incertezas. Ou até cercados de uma fé cega que não nos permite refletir. "Vez por outra pare e pense, pense e pare"... E mais: "a solidão não é obrigatoriamente um estado físico, mas essencialmente um estado de espírito".

Sim, a solidão é espiritual, isto leva a deduzir que a vida em comunhão, unir-se a um/a irmão/ã, é importante, mas mais importante ainda é saber-se unido a Deus. Saber-se amparado sempre por Deus, mesmo se não o merecemos. Saiba que se todos abandonarem você, Deus não abandonará jamais: (Sl 27,10). Ele não abandona seus filhos e filhas que ama. Pode crer... Ele está sempre com você. "Buscar seu caminho, viver sua vida, é compartilhá-la com quem precisa de seu amor, ou que você ama, mesmo que não seja amada na mesma proporção".

A incompreensão, a intolerância, o descaso, o desprezo, a ingratidão, são entre outras manifestações exatamente as "armas" do mal, que acabam (arrasam) com a auto-estima, com o "verdadeiro sentido de vida". Cristo nos amou incondicionalmente, isto é um exemplo de vida para a paz. "Armas geram crimes, instrumentos levam à paz". Este pensamento sugere que o revanchismo é sempre negativo, e o amor, a compreensão (sem esta de "conformismo"), o reconhecimento, fazem crescer a relação humana e na fé. A sabedoria da espiritualidade, a "energia" de que necessitamos, está na Palavra, e esta se fortalece, pela oração, pela confissão direta ao Pai (sem intermediação), no silêncio devocional de si para Deus. No silêncio está a fonte da sabedoria. E' no silêncio contemplativo e venerativo que a pessoa se aproxima diretamente a Deus.

Silenciar não quer dizer "calar-se", nem tão pouco "isolar-se", mas ser acima de tudo comedido e concentrado, "conectado a".

Muitas pessoas amam você, tenha absoluta certeza disto. E se ninguém mais ama você, então creia que ainda assim, Deus continua amando você, e muito. Ore a Deus, cresça na fé, não deixe que o mal domine.

Ame incondicionalmente, viva, para que mais pessoas vivam com você!

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Meu espaço para Deus

Este nosso querido Deus é assim mesmo, deixa agente a vontade e "dar lá suas cabeçadas" e depois nos faz Seus "Atletas". É como digo: "armas geram crimes, instrumentos levam a paz." Por isso prefiro que sejamos atletas de Deus, pois se fossemos "soldados", seríamos pela guerra que mata. Atletas levam à vitória...à paz. (mesmo que em último lugar).

A questão "certo ou errado", "pecado", é um ótimo tema para se discutir. O que é pecado? como funciona "Graça e Pecado?" A grande dúvida da humanidade é sobre a "queda" que tem origem no Gênesis, em especial nos capítulos 2 e 3. E o que é a queda senão "pecado"? e o que é "este pecado" senão afastar-se de Deus? Pecado, é aquilo que cometemos conscientemente contra os desígnios de Deus, ou seja: desamor. Tudo o mais é contingência da vida antropocêntrica.

"A desgraça não é vontade de Deus, mas fruto da ação (imprudência) humana."

Felizmente temos a infinita misericórdia de Deus que nos perdoa incondicionalmente, "por Graça" na Cruz de Cristo, na Eucaristia, no Cordeiro Pascal.

Deixe Deus agir em você, e saiba que até seus atos de fraqueza, ou insegurança, são "projetos de Deus" para seu crescimento (basta conferir Abraão, Jó, Jonas, o próprio Ap. Paulo e tantos mais). O Ap. Paulo diz: "é na fraqueza que sou forte...". Que Deus continue fazendo um Atleta de cada filho Seu. (Quanto treino é preciso para se fazer um "bom atleta"?) Pois bem, tudo o que se passou, se está vivendo e se vai viver, de bom e de mau, são preparativos deste "atleta" que está dentro de cada um, de cada uma, para uma solidificação na fé.

O interessante nesta vida é que geralmente a doutrina, a catequese que se tem levado para o "catequizando" (em qualquer idade) é no sentido de que "tudo é pecado". Esquece-se, ou não se dá a devida atenção para a grande misericórdia de Deus, como é sabido: "Deus nos redime por Graça". Simplesmente por Graça. E diante desta certeza de fé vem espontaneamente o servir com amor, o "fazer e agir", deixando-nos bem à vontade no que se refere a Epístola de Paulo aos Efésios (Ef 2, 4-10) " Deus, porém, rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, e estando nós mortos por nossos pecados, deu-nos vida por Cristo -de graça fostes salvos! e nos ressuscitou com ele e nos sentou nos céus em Cristo Jesus. Assim demonstrou pelos séculos futuros a imensidão das riquezas de sua graça, pela bondade que tem para conosco, em Cristo Jesus. Pois é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Não é de vós mesmos que vem a fé. É dom de Deus. Não provém das obras para que ninguém se glorie. Somos obra de Deus, criados em Cristo Jesus para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos. Este texto é fundamental para que tenhamos um "coração tranqüilo" para sermos um "bom atleta de Deus". Mas é importante entendê-lo, pois sem obra a fé é morta, assim como sem fé não há boas obras: (Tg, 2, 17) "Assim também a simples fé, se não tiver obras, será morta." Entenda-se que obra não salva, nem sequer nos leva a fé... Mas a fé em Deus, esta sim, enriquece-nos na força e no perdão gracioso de Deus que nos liberta plenamente , para que façamos a nossa parte, façamos boas obras, neste mundo tão necessitado, principalmente junto aos irmãos mais carentes, sem "pretextos e expectativa de reciprocidades (querer levar vantagens), "para que ninguém se glorie".

O pecado é um peso na consciência que não nos deixa pensar e agir. Livrar-se dele é Graça de Deus, basta "bater à Sua porta" e Orar, que Deus operará milagres. Com certeza!
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A meta sem fronteiras: "Guerra ou Conquista"

Uma questão que sempre se coloca em relação ao desafio que se tem pela frente, é se este é uma "guerra"a ser combatida, ou seja lutar contra um mal desafiador.

Não há dúvida de que em certas situações, lamentavelmente, o que se tem é uma verdadeira "guerra" a ser vencida...custe o que custar.

Mas seria realmente uma guerra vencer os obstáculos que a vida nos reserva? As inúmeras "cancelas"e "pedras no caminho" que estão à nossa frente?

Acredito que, salvo as guerras de poder (ter), os desafios da vida devem ser vistos como uma competição olímpica, onde não estamos "correndo contra os competidores", onde a "luta" não é uma guerra para ver quem é o vencedor... Na olimpíada, ao que me consta, não há um "perdedor". Todos atingem a faixa de chegada, uns em primeiro lugar, outros em último, mas todos chegam lá.

Quando estamos diante de um desafio maior, (como por mero exemplo, uma doença grave) é fundamental encarar esta "empreitada" como uma competição olímpica, onde se quer ser o vencedor, e jamais entendê-lo como uma "guerra". É simples de entender: na guerra, ou se vence ou se perde... Na disputa olímpica sempre estaremos vencendo, qualquer que seja o resultado. Os obstáculos (pedras, cancelas, ladeiras...) são como os elementos na corrida de obstáculos. Difíceis mas consegue-se saltá-los. Somos todos, em síntese vocacionados para vencer, cada qual sabedor de suas capacidades e limitações, e fazendo uso de seus dons divinos, de sua criatividade e força de vontade, para "chegar lá". Disse o Ap. Paulo aos Filipenses (Fp 3,14) "corro para a meta, para a coroa da vocação nas alturas de Deus em Cristo Jesus". É bem assim: correr com Jesus para a meta, para o alvo. O importante não é "correr atrás de Jesus, atrás de uma meta", porque quem corre atrás de alguém ou de algo, já é perdedor...(quem corre "atrás de Cristo é o mal..."). Vamos correr junto com Jesus, com todos os competidores, para que consigamos todos atingir a "faixa de chegada". "Quem compete, concorre, quem briga, destrói".

"Wer nicht anfängt hat bereit verloren = quem não começa já é perdedor". Assim o digo porque em todo desafio, em tudo que temos na vida para enfrentar, cabe a cada um encarar de frente, começar a competição, e não "armar-se contra tal guerra". Assim as expectativa são mais promissoras (em qualquer situação) mormente sabedores de que os males da vida, os ditos obstáculos , são conseqüências da ação do homem, e não é vontade de Deus. Pode crer.

"A desgraça não é vontade de Deus, mas fruto da ação (imprudência) humana", mas nem tudo, se quisermos, é "desgraça". Podemos, e devemos, entender como desafios transponíveis, com a Graça e ajuda de Deus que quer unicamente o nosso bem. Daí concluir que vamos entender os desafios como uma competição olímpica, uma busca da conquista, e não uma guerra que derrota, pois esta é a desgraça do homem pessimista. A conquista é desejo otimista e bênção de Deus.

E é bom não esquecer que todos somos queridos no meio desta comunidade cristã que nos cerca, que são "nossa verdadeira torcida", que oram por quem compete e lamenta por quem "guerreia".


um dia um Anjo me disse assim: "algumas pessoas são como cometas, reluzentes mas passam... outras são como estrelas no firmamento: pequeninas mas brilham sempre". Seja sempre uma estrela entre nós. (Releitura e adaptação de uma mensagem da Internet, que fiz para a minha querida Carlinha, 15 anos)
Sim, seja uma estrela que conquista seu espaço neste firmamento da vida. Vença a olimpíada, seja como a Cralinha, minha querida amiga, que não se deixa vencer pelo desafio que tem pela frente. Ela, junto com tantas outras, não são "guerreiras", mas Atletas em Cristo, que sabem qual e onde está sua meta, sua "faixa de chegada" vitoriosa. Que competem cientes da Graça de Deus. Outra vez, o Ap. Paulo fala aos Timóteos (2Tm 2,5) "Nenhum atleta será coroado se não tiver competido segundo as regras. É preciso que o lavrador trabalhe antes com afinco se quiser boa colheita. Entende bem o que pretendo dizer, pois o Senhor te dará compreensão em tudo". Sim confiar em Deus. Competir, vencer, crer, orar...
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